quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Gosto de falar de Futebol...

Gosto da mesa do café e gosto de não gostar de ouvir falar de bola. Gosto de falar depois de quem fala de bola. Não gosto de ouvir quem diz que é simples. Gosto de tentar explicar que o não é. Gosto de falar de Futebol. Gosto de falar do jogo e das peças. Gosto de tentar perceber os espaços e analisar os ritmos.

Gosto da mesa do café e gosto de não gostar de ouvir as aves agoirentas. Gosto de tentar suavizar fervuras de quem arrasa depois do 0-1. Não gosto de ouvir quem já não quer ver mais. Gosto de tentar explicar porque ainda temos tempo. Gosto de falar de Futebol. Gosto de falar das nossas armas e dos números. Gosto de tentar perceber a reacção colectiva e analisar as estatísticas.

Gosto da mesa do café e gosto de não gostar de ouvir os imparáveis de 1º parte. Gosto de duvidar de tanta eficácia quando ouço arriscar o pai do 3º golo. Não gosto de ouvir quem avisa que este ano não damos hipóteses. Gosto de tentar explicar porque temos lacunas. Gosto de falar de Futebol. Gosto de falar do perigo de conceder uma jogada de golo e da quebra de intensidade. Gosto de tentar perceber a gestão da posse de bola e analisar os equilíbrios.

Agora gosto da mesa do café e gosto de não gostar de ouvir os Vieiras. Gosto pensar que não é bem assim quando se repete que “esta é a melhor dos últimos anos”. Não gosto de ouvir quem elege príncipes os vilões de pés quadrados da era Quique. Gosto de tentar explicar porque é cedo. Gosto de falar de Futebol. Gosto de falar dos típicos lesionados de Jesus e de que uma segunda é mesmo uma segunda escolha. Gosto de tentar perceber adaptações e analisar motivações para 15 minutos.

Agora também, gosto da mesa do café e gosto de não gostar de ouvir duvidar. Gosto de pensar que vai mais longe o homem que para alguns não chega a Dezembro. Não gosto de ouvir quem não percebe o bloco alto. E gostava de tentar explicar a importância do 2x1 sobre o portador da bola. Gostava de falar de Futebol. Gostava de falar da velocidade dos centrais neste modelo e da riqueza da posição 6. Gostava de tentar perceber o aparente losango e analisar as rotinas de saída.

Gostava… mas agora, naquela hora e meia, gosto mesmo é de ver o “Benfas” do Jesus a jogar à bola!

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