quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

SCA EM FESTA!

15 horas! Passo ao lado das bifanas de Vendas Novas e consigo não parar! O TS treme em direcção ao João Branco Núncio. Comemora-se o aniversário do SPORT CLUBE ALCAÇOVENSE! É dia de Festa!

No Bar compro um chocolate. Com duas flexões exercito os parafusos do joelho e estou pronto para me apresentar ao Mister Simões! Saio pela cozinha, talvez porque a mãe do 45 tenha percebido a importância da minha missão…

Ouço a exigente bancada do SCA a gritar. Estávamos a perder… Não, estávamos no ataque e a torcida hoje era nossa! Dos Amigos do SCA!


Pouco depois, o intervalo. Simões dá ordem para me equipar, mas já não há camisola! Tínhamos juntado muita gente, mais uma vez! Pensei: “É hoje que vamos ser aplaudidos de pé!”. Como as cadeiras estavam meio molhadas, só faltava mesmo a parte do aplauso!


Os mais velhos jogaram contra a equipa principal do SCA e foi mais ou menos assim:

O bruá da multidão terá começado cedo e teve o primeiro ponto alto com um remate em vólei de Jerónimo ligeiramente por cima, e já com Marco Bóssio completamente batido. Na outra equipa, Mochila havia brilhado com centros milimétricos, sempre acompanhados com uma rotação do braço, estilo do qual só Paulo Futre se aproximou. Os joelhos de Paulo Dias mostravam que tinha regressado ao seu habitat natural, os pelados, e Fiscal parecia ter caído da sua famosa Ucal Vermelha.


Início da 2ª parte. Vou aquecer e percebo a aposta dos nossos ingénuos adversários. Tudo para o Ganço! Mas, à vez, os nossos maiores velocistas foram anulando as investidas desesperadas da jovem equipa alcaçovense. Eu também por lá passei, mas foi o próprio Mister Simões a resolver de vez a questão, qual Veloso sem bigode.

Chegamos ao ataque pela certa. Recebo um passe de Carlos Maia e sou traído pelo joanete na altura do remate. Bóssio defende para canto com o atacador.


Recuámos estrategicamente no campo, e como combinado, sofremos dois golos e deixamos que Fiscal se afirmasse como um dos melhores guarda-redes da rua do Café Mirante. Lino aproveita para conversar calmamente com Pená sobre o 1º golo.


Estava na hora da reviravolta. O jogo está vibrante! O público rejubila! Jerónimo desmarca-se, ganha espaço e só um enorme corte de Eira impede que se isole! A bancada quase vem abaixo e essa jogada acaba por nos empurrar para o empate.

Canto na direita, desvio no 1º poste, remate e… Golo! Foi o 2º pior golo da minha vida (depois de um autogolo que fiz no mítico Zinco Stadium, do Cortiço).

Antes do empate, dois tiros de Lino e Galvão (que entrou para o lado esquerdo e dinamizou o nosso lado direito) foram o aviso para o grande golo de Zé António, a fazer lembrar o grande Zé António dos finais da década de 90.


Uma jogada Olímpica de P. Dias, travada por um apito vindo da bancada, e mais algumas ameaças de perigo deixaram água na boca aos adeptos, neste regresso dos “mais velhos” ao “estádio de sempre”, onde, valha a verdade, moram ainda muitos Josés, Pedros, Paulos, Manuéis, Nunos, que sentem a camisola das riscas.



Equipas:

SCA: Marco, Ganço, Nuno Maurício, Eira, Cunha, Paulo Maurício, Pedro Santos, Guerreiro, Asinha, Mochila, Nuno Esteves, Mister do SCA.


Amigos do SCA: Paulo Moncarcha; Zé Vidazinha, Mário Chora, Paulo Pisco (estreia), Guilherme, Quim Mário, Manel, Paulo Dias, Carlos Maia, Lino, José Cruz, Simões, Galvão (cap.), Mário Belga, Zé António, Jerónimo, Fernando, Padeirinha.