quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pirlo e outros...

Fui à Luz ver o Milan. O SLB tem ganho, joga bem e então vamos lá numa de “ir à bola”. Não há pressão e pode viver-se a festa.

Ronaldinho está no banco, já não Kaká naquelas bandas e o Nesta não me encanta. Ok, posso então olhar para o jogo sem a mania das análises.

Bom início do Benfica. Pouco depois, atrás de mim, ouço: “O libero do Milan adianta-se muito”. Já tinha dado entretanto pela minha falha. Havia esquecido Pirlo. Imperdoável ou apenas a pouca afeição pelos génios que vivem a técnica carregada pelos genes.

Os meus olhos bateram então não no libero, nem no trinco, mas em Pirlo. Este 10 convertido em 6 engana os desatentos porque começa a jogar junto aos centrais, e confunde os mais clássicos porque não varre à frente da defesa; arruma entre linhas.

Pronto, lá se foi o “joguinho da bola”. Há uma análise para fazer. Comecei a ouvi-lo falar com o jogo. Até o escutei a explicar opções aos companheiros. Uma, duas para Pato. Luisão está bem, agressivo e prático. Não é por ali. Uma, duas, três para Borrielo. Melhor! Há menos pressão do lado de Sidnei e David está sempre em apoio ofensivo. Vamos Borrielo, outra…

Uma, duas, três, quatro… a 40 metros, de primeira… quase sempre! Estou covencido, só há um!

Pelo meio observo: “Leonardo, o Gorducho Gaúcho dava aqui jeito!” Pirlo quer companhia ou apenas partilhar a batuta, porque é uma fase em que todos começam a ficar mais longe dos seus passes.

Andrea Pirlo, vê e escolhe. Pensa e decide. O jogo, boa parte dele, é seu! É Pirlo quem diz onde se joga. E eu rendo-me à sua palestra!

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